sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

O Menino das Dunas - all about




O Menino das Dunas - Le garçon des dunes - The boy of dunes


O Menino das Dunas - Versão I


Viajante em meio às dunas, plana no seu desejo,
contrastes é dores, luzes é sombras.
O Mar canta na infância, sem a TV ou monitores,
radio quem sabe, ouviu!

Mar que desperta, com ondas e pássaros.
Lugar inconstante, de vida constante.
Sem ponteiros o tempo, que não marca as “tristezas”.
Vento que sussurra, junto com as marés.
Levando inocência, sem a ausência de partir,
Pois não existe a “opção”, ir.
Aqui só se rompe as barreiras,
quando o mar nos devora.


O Menino das Dunas - Versão II

A Viajem em meio a dunas, plana no desejo,
Os contrastes é as dores, as luzes é sombras.

O Mar canta através da infância... não adotando a TV,
nem telas ou monitores, radio quem sabe, ouviu!

É o mar que o desperta, com as ondas e os sons de pássaros.
Neste lugar inconstante, uma vida constante.
Nas paredes do tempo... não vive “tristezas”
No murmúrio do vento e das ondas, sua inocência se vai,
sem ausência de partir, não existe a “opção”, ir.
Neste canto, somente se rompe suas próprias barreiras,
quando o mar as devora, finalizando a vida.



Outras palavras I:

Seu primeiro beijo, roubado das areias quentes, das contastes e eternas dunas, das sombras dos seus lábios. Neste delicado olhar dos anseios, neste lugar esquecido... lindo e perdido, primitivo das modernidades, aonde a luz ainda cheira querosene, ilumina queimando, movido pelo tempo, que custa a passar, sem ponteiros.
Acorda o sol, é o mar desperta com as ondas e os sons de pássaros. Luminoso nestas constantes e eternas dunas, neste lugar esquecido...lindo e perdido, primitivo das modernidades, das Tvs e interruptores.


Outras palavras II:

Delicado corpo masculino, no rude entorno de forças, no áspero e melancólico mundo de carências, finda quando o mar, canta para ele, trazendo, pescadores e pecadores, ora alimento ou ora a fome. Um apetite de carência, de faltas... de palavras para evoluir, vive nas sombras dos copos, sem saber por que se ama, descuida da sua esperança e pensa como o próprio “progenitor”, que lhe trata com os nãos, sobra outra maneira, se não a de repetir os fatos e os atos.


Mais profundo I:

Camas de areia, copos como provedores de alegria.
Um impulso, pulsa pensativo, na véspera de se tornar homem,
queima o desejo, com os olhos amedrontados, fogo que recolhe na cintura,e se acalma com jogos do verão.

Dedos arruinados, suspiros inacabados,
da ternura resta a dor, na nudez o compartilhamento,
um outro dia... quem sabe, agora o “amor” não é a opção.

Falando da imagem:

Em 1988 fiz a foto que virou esta obra. Fim de tarde numa das mais belas praias do mundo Jericoacora – Ceara – Brasil, compõem esta cena dentro de suas mentes, sem eletricidade, sem espelhos, sem água encanada, sem comida “normal”. Banho de balde, vários e exaustivos, privacidade ao ar livre, reflexos como espelhos, do mar... vinha tudo que se matava a fome, mundo sem sinais, placas ou estradas... nesta época 20 km de dunas de areias sempre em movimentos, separavam este vilarejo, do resto do mundo. Dunas que não arquivam rastros ou pegadas, bastava poucos minutos e os últimos passos eram deletados. Nesta época o uso do GPS era restrito para usuários militares, e os satélites de segunda geração, só foram lançados em 1989. Para informar um pouco mais, o sistema de GPS, tornou-se inteiramente - operacional somente em 1995, com um sinal para usuários militares e um sinal menos-exato para civis. Bem o nosso GPS nesta viagem, era um mapa daqueles, que se tem de parar o carro para visualizá-lo. Saímos de Ouro Preto, Minas Gerais... quatro mil quilômetros de estradas de terra e muitas delas fora do mapa, chegamos* a este paraíso no litoral norte do Ceara.



*Eu, Artur e depois... Urbino via aérea de São Paulo. Trio que vale outras mil estórias.

**Algo mais sobre GPS.

Os lançamentos do satélite do GPS foram iniciados em 1978, uso restrito aos militares e poucas empresas. Mas em 1983, aviões soviéticos dispararam contra um avião de passageiros da Coréia, que carregava 269 passageiros, que tinham entrado equivocadamente no espaço aéreo soviético. Se existi-se melhores ferramentas navegacionais, o GPS com a localização correta, podia ter impedido o este desastre. Quando isto ocorreu o presidente Ronald Reagan, ordenou e garantiu que os sinais do GPS estariam disponíveis ao mundo, quando o sistema se tornou operacional. O mercado comercial cresceu firmemente depois. Em 2004, o presidente Bush emitiu uma política de atualização, em que mantivesse o uso civil do GPS, livre de taxas.

Dados tecnicos: Imagem original-filme Slide Kodachrome 64; camera Nikon F3; lente 300mm 2,8; Imagem acima alterada com uso do Photoshop CS3, usando um Mac.

Esta imagem pode ser visualizada em 1025x768 ou salva como wallpaper (papel de parede) www.ronaldperet.com\2009\01blog_1024.html